Brasil está em expansão, mas falta profissionais capacitados

Jornal do Brasil / Agência IN - À medida que se estimula a economia da América Latina, nota-se que o Brasil está em expansão. "Porém, a falta de profissionais capacitados para preencher as vagas de executivos seniores é um problema crescente para muitas organizações", a afirmação é de Peter Felix, presidente da Associação de Consultores de Buscas Executivas (Aesc), que estará em São Paulo essa semana, especialmente para falar sobre Os Talentos que as Organizações Estão Valorizando, no Conarh 2010, maior evento de Recursos Humanos do Brasil. De acordo com o levantamento "Executive Talent - A Key to Unlock Brazil's Future" (Talento Executivo - A chave para estimular o futuro do Brasil) elaborado pela Aesc, um dos maiores problemas é a falta de executivos de talento no País, resultado da combinação de fatores como falhas na educação pública e a 'evasão de cérebros' de executivos brasileiros para o exterior. Segundo Peter Felix, o Brasil passa por um momento crítico em seu desenvolvimento. "Mesmo com um mercado consumidor doméstico em grande parte inexplorado e uma vasta gama de recursos naturais, o país cresce sob ameaça da falta de executivo de talentos, fruto de anos de instabilidade econômica e política, e investimentos inadequados em seu sistema de educação", diz o executivo. As últimas décadas deixaram o Brasil vulnerável a restrições graves na busca pelos recursos administrativos necessários para um crescimento sustentado e equilibrado. O recrutamento e a retenção de executivos de talento serão questões cruciais para as empresas brasileiras em sua expansão doméstica e internacional. "Nosso relatório destaca essas questões fundamentais e enfatiza como os consultores de busca executiva podem ser parceiros importantes para abordar esses desafios significativos", finaliza Félix. http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/08/17/e17087917.asp

Cai número de migrantes no Brasil, diz estudo do Ipea

Jornal do Brasil / Terra - A migração interna brasileira está caindo nos últimos anos, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta terça-feira. O percentual de migrantes dentro da população caiu de 3%, em 1995, para 1,9% - ou 3,3 milhões de pessoas - em 2008. O estudo Migração Interna no Brasil mostrou que o perfil mais comum do migrante é o de uma pessoa jovem, que vai do Nordeste para o Sudeste e tem baixa escolaridade. O estudo apontou ainda que, em 2008, a informalidade no trabalho dos migrantes caiu para 40%. O grupo mais informal é do grupo que sai do Sudeste para o Nordeste, o chamado retorno. O estudo mostrou que 41% do total de migrantes brasileiros trabalham mais de 44 horas. O rendimento médio mensal do trabalho do migrante, de acordo com a pesquisa, é de R$ 1,2 mil. Segundo o pesquisador do instituto, Herton Araújo, o conjunto dos migrantes do Brasil consegue um salário médio maior do que os não-migrantes, em geral. http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/08/17/e17087931.asp

ONU promove debate para tentar conter a desertificação mundial que atinge 1 bilhão de pessoas

Agência Brasil / Renata Giraldi - A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou hoje (16), em Fortaleza, a Campanha da Década dos Desertos e da Desertificação. O objetivo é atrair a atenção e a sensibilidade das autoridades e da população em defesa de medidas de proteção e gestão adequada das regiões atingidas pela seca. A degradação da terra ameaça a subsistência de mais de 1 bilhão de pessoas em cerca de 100 países. As informações são das Nações Unidas. Os principais problemas são causados pela degradação contínua do solo devido às mudanças climáticas, à exploração agrícola desenfreada e à má gestão dos recursos hídricos. De acordo com especialistas, este conjunto de dificuldades provoca ameaça para a segurança alimentar e pode levar à fome das comunidades afetadas, além de gerar a degradação de solo produtivo. No início desta década, houve um apelo das Nações Unidas para que os países intensificassem os esforços para cuidar desse recurso. Dados do Programa de Meio Ambiente da ONU (Pnuma) apontam que um terço da população mundial vive em regiões atingidas pelos desertos, o que na prática provoca ameaças econômicas e ambientais. A desertificação abrange mais de 3,5 milhões de hectares, que representam 25% do solo da Terra. O especialista para América Latina e Caribe na convenção da ONU, Helio Matallo, afirmou que quase todos os países da região sofrem em decorrência da desertificação. “Na América Latina, 80 milhões de pessoas vivem em regiões áridas e semiáridas. Esta população sofre com os problemas da degradação dos recursos naturais nestas áreas”, disse ele. http://agenciabrasil.ebc.com.br/ultimasnoticias?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=1021281

Brasil e Argentina lideram tecnologia da informação na América do Sul

Agência Brasil / Luiz Antônio Alves - Em julho de 2000, transformações radicais começaram a ser feitas em área de 100 hectares do bairro histórico de Recife (PE) com o objetivo de não apenas revitalizar os espaços urbanos degradados do local, mas de transformá-lo no primeiro centro integrado de tecnologia do Brasil. Dez anos depois, o Porto Digital é o resultado de um projeto de desenvolvimento econômico que reúne os governos federal e estadual, a iniciativa privada e as universidades em torno da tecnologia da informação e da comunicação, também conhecida pela sigla TIC. Voltado basicamente para a produção de programas de computador (softwares) e para os variados serviços que envolvem a sofisticada tecnologia da computação, o Porto Digital transformou o bairro histórico da capital pernambucana numa referência mundial neste setor e gerou, até agora, 4 mil empregos, além de revitalizar a área onde está instalado. Atualmente, o Porto Digital reúne 130 instituições. Entre elas estão dez empresas de outros estados brasileiros, seis multinacionais - IBM, Motorola, Samsung, Nokia, Dell e Microsoft - e quatro centros de tecnologia, além de empresas de fomento como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Recife entrou para o reduzido clube de cidades do mundo que mantêm centros identificados por nomes diferentes, mas dotados da mesma estrutura e objetivos: impulsionar o conhecimento e multiplicar a oferta de qualidade em carreiras científicas e tecnológicas, além de transformar espaços urbanos desvalorizados em novas possibilidades para a instalação do comércio e para a geração de empregos locais. Até agora, o clube era formado por sete membros: Recife; Nova York e Los Angeles, nos Estados Unidos; Dublin, na Irlanda; Barcelona, na Espanha; Shangai, na China; e Bangalore, na Índia. O oitavo membro deste sofisticado clube é a Cidade Autônoma de Buenos Aires. Desde 2008, quando a Câmara aprovou o projeto, a prefeitura local impulsiona a implantação do Distrito Tecnológico da capital argentina, que tem como modelo o Porto Digital de Recife e as demais instituições espalhadas pelo mundo. Atendendo a convite da prefeitura portenha, a Agência Brasil visitou o local onde o distrito está instalado e começa a receber as primeiras empresas especializadas em tecnologia da informação e da comunicação. O bairro escolhido para sediar o complexo tecnológico é conhecido como Parque de Los Patrícios, localizado na região sul de Buenos Aires. Antigamente um distrito industrial, Los Patrícios é formado hoje por prédios e galpões desativados que podem ser comprados ou alugados pelas empresas nacionais e internacionais que se interessarem por investir no projeto. A exemplo do que aconteceu em Recife - onde a prefeitura concedeu incentivos fiscais como, por exemplo, a redução de 5% para 2% do Imposto sobre Serviços (ISS) para as empresas instaladas no Porto Digital -, a prefeitura portenha concede incentivos e benefícios e planeja investir US$ 208 milhões até 2012 para impulsionar o projeto. A visita ao Distrito Tecnológico de Buenos Aires foi organizada pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico da Argentina e também contou com a presença de Ana Paula Kobe, chefe do setor de Ciência e Tecnologia da embaixada brasileira em Buenos Aires, e do conselheiro econômico Manuel Montenegro. De acordo com José Nuñez, coordenador de investimentos do ministério argentino, o contato com a Embaixada do Brasil "integra o trabalho que estamos realizando desde o ano passado para informar detalhes sobre o Distrito Tecnológico. Acreditamos que este contato nos vincula ao Brasil como nosso sócio estratégico para o crescimento da cidade de Buenos Aires". O Distrito Tecnológico portenho já inclui em seu projeto a primeira empresa internacional interessada nas possibilidades oferecidas pelo novo mercado. Trata-se da indiana Tata, instalada em Buenos Aires desde o ano passado e que inaugurou oficialmente os trabalhos tecnológicos no Parque de Los Patrícios. Desde então, mais de 400 empresas e instituições nacionais e internacionais já visitaram o distrito. http://agenciabrasil.ebc.com.br/ultimasnoticias?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=1021433

Investimento do governo é o maior dos últimos 10 anos

Estadão - O volume de investimento feito pelo governo federal, entre janeiro e julho deste ano, alcançou o maior patamar desde 2001. No período, foram desembolsados R$ 23,5 bilhões (exceto estatais), que representa um aumento real (descontada a inflação) de 62% em relação aos sete meses de 2009, segundo levantamento feito pela organização não-governamental (ONG) Contas Abertas, especializada no acompanhamento das finanças públicas. Uma das explicações para o aumento são as eleições presidenciais. De acordo com a legislação, o governo não pode fazer nenhum tipo de empenho nos três meses que antecedem a disputa nas urnas. Por causa disso, há uma antecipação nos investimentos. "É normal o aumento do volume aplicado pelo governo nos meses anteriores às eleições", afirma o secretário-geral do Contas Abertas, Gil Castello Branco. Ele destaca, entretanto, que neste ano os investimentos cresceram acima dos períodos anteriores. "Houve um salto muito grande nos valores aplicados pelo governo. Mas a participação no PIB (Produto Interno Bruto) ainda continua muito pequena", afirma o executivo. Apesar da retomada de vários projetos, a taxa de investimentos não deve chegar a 19% até o fim deste ano, enquanto a média mundial é de 24%. Na China, supera 40% e na Índia, 30%. O Ministério dos Transportes, que inclui em sua estrutura o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foi o órgão da Esplanada que mais investiu no período entre janeiro e julho. No total, foram gastos R$ 6,1 bilhões. Em seguida aparece o Ministério da Defesa, que desembolsou R$ 3,6 bilhões, e o Ministério da Educação, com R$ 3,1 bilhões em investimentos. http://economia.estadao.com.br/noticias/not_31911.htm

A força política da classe C

Resenha EB (17 Ago 10) / Isto É / Carlos José Marques - Já foi constatado que a classe C é a nova força econômica do País, com mais ou menos metade da população brasileira incluída nela. E com um poder financeiro monumental: a renda dessa turma hoje supera a das classes A e B juntas. O que agora está por se verificar é o seu peso político na hora da decisão do voto. Um trabalho que acaba de ser concluído pelo Centro de Políticas Sociais, da Fundação Getulio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro, diz que a classe C, caso atuasse de maneira homogênea, seria capaz de eleger um presidente já no primeiro turno. Na prática, a classe C pode ter consciência de sua munição para compras, mas parece ainda não ter percebido o tamanho de sua força para influenciar o cenário eleitoral. Os estudiosos da FGV mostram que ao menos 25 milhões de brasileiros, nos últimos oito anos, ascenderam à faixa da classe C – com renda familiar que varia entre R$ 1,1 mil e R$ 4,8 mil mensais –, beneficiados em boa parte por alguns dos projetos sociais e econômicos levados a cabo pelo governo. Essa massa de emergentes, segundo a FGV, deseja mais do que tudo garantir seu status quo, preservando conquistas obtidas. Se possível, imagina também avançar ainda mais na pirâmide social. Essa escalada não é de hoje. Desde 2008 a classe C converteu-se na ala dominante da população brasileira. Naquele ano, já controlava 47,75% da renda, enquanto as classes A e B juntas ficavam com 44,05% do bolo. Atualmente a classe C detém 53,6% dos consumidores, contra apenas 15,6% situados nas classes A e B. Converteu-se na verdadeira classe média brasileira. Mais abaixo, as famílias das classes D e E são alvo direto do programa Bolsa Família, com quase 13 milhões de famílias beneficiadas. Esse exército de eleitores está nas ruas, muitos deles ainda indecisos, em busca de uma bandeira concreta que passe a ideia de continuidade de sua arrancada. Enquanto o setor produtivo – dos bancos à indústria, do comércio ao setor de serviços – percebeu rapidamente o valor de tamanho público e reorientou seu arsenal de marketing para esse universo, os partidos políticos parecem ainda hesitantes em atacar diretamente, com mensagens claras, o maior celeiro de votos já construído...

Descontrole atômico

Resenha EB (17 Ago 10) / Isto É Independente / Cláudia Dantas Sequeira - Fiscais da Comissão Nacional de Energia Nuclear acusam o órgão de desrespeito às normas de segurança e má destinação de verbas públicas. Um dossiê elaborado pelos fiscais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) ameaça a cúpula do programa nuclear brasileiro. As denúncias são graves e vão do desvio de verbas ao desrespeito às normas de segurança ambiental. O documento chegou às mãos do procurador do Ministério Público Federal em Angra dos Reis (RJ), Fernando Lavieri, que vem travando uma batalha com a direção da CNEN por causa de falhas nas obras de Angra 3, já reveladas por ISTOÉ. Mas os problemas no programa nuclear brasileiro, acusam os fiscais, não se resumem à usina. Eles suspeitam de mau uso do Fundo de Descomissionamento, que deveria ser utilizado no caso de desativação do reator por causa de acidentes. O dossiê também aponta irregularidades no armazenamento do lixo nuclear e alerta para o início da exploração subterrânea de urânio em Caetité (BA) por parte da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), sem prévia análise de segurança e à revelia do Ibama. A CNEN, por sua vez, rechaça as acusações e afirma que elas não retratam a realidade do órgão. “A mineradora de urânio iniciou sua atividade subterrânea em Caetité sem um relatório de análise de segurança”, alerta o dossiê. Também não existem pareceres técnicos ou o EIA-Rima, licenciamento ambiental, informa o documento em poder do Ministério Público. Os fiscais, que dizem não se identificar para evitar represálias, acusam o coordenador-geral do Ciclo do Combustível, Arnaldo Meshari, de autorizar a mineração irregular para “agradar” à diretoria da CNEN. “A abertura de galerias em uma mina subterrânea de urânio só poderia ser feita mediante análise técnica detalhada de todos os riscos radiológicos para os trabalhadores, público e meio ambiente, inclusive quanto à exposição ao gás radioativo (radon) existente nessas minas e causador de inúmeros casos de câncer”, afirma o dossiê. Ao tomar conhecimento da atividade irregular, o Ibama autuou a INB e determinou a suspensão das escavações, que já teriam atingido sete quilômetros no subsolo. Também há risco de contaminação em Angra dos Reis (RJ), segundo o dossiê. Os fiscais denunciam que os depósitos de lixo radioativo de Angra foram construídos sem que houvesse uma prévia análise de segurança. Um acordo realizado em reunião da coordenação de reatores, em 17 de novembro de 2008, previa a elaboração de um relatório técnico sobre o problema até dezembro do ano passado. “Isso nunca foi feito. Os depósitos estão operando de forma totalmente irregular”, informa o documento dos fiscais. A situação contraria a Lei 10.308 e o Decreto 5935, que aplica os termos da convenção sobre o lixo nuclear assinada pelo Brasil em Viena, em 1997. O risco de eventuais vazamentos não está descartado. “É um absurdo essa situação. A CNEN já deveria ter construído depósitos definitivos, pois os provisórios não foram concebidos para operar indefinidamente”, afirma o procurador Lavieri. De acordo com o presidente da CNEN, Odair Dias Gonçalvez, os depósitos “não são classificados como instalações nucleares”. “Mas é claro que há a necessidade de um Plano de Proteção Radiológica”, diz. O presidente da Associação dos Fiscais de Radioproteção e Segurança Nuclear (Afen), engenheiro Rogério dos Santos Gomes, explica que o combustível nuclear queimado, de alta radioatividade, é armazenado numa piscina. “É necessário que haja uma análise de segurança desses depósitos”, afirma. Ele nega participação na elaboração do dossiê, mas concorda com algumas das denúncias, inclusive a respeito do possível desvio de recursos do Fundo de Descomissionamento das usinas.

Meta da ONU vai pelo ralo…

Resenha EB (17 Ago 10) / Correio Braziliense / Vinicius Sassine - Quando começar a reunião que vai revisar as metas de cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o governo brasileiro vai detalhar o êxito dos programas de combate à pobreza. O Brasil, com sete anos de antecedência, cumpriu a meta de reduzir à metade a quantidade de pessoas com fome e extremamente pobres. O que não aparecerá na reunião da ONU, nos dias 20, 21 e 22 de setembro, é o nada louvável desempenho em saneamento básico. Um levantamento inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ao qual o Correio teve acesso, mostra que 16 estados brasileiros ainda não conseguiram reduzir em 50% a quantidade de pessoas sem acesso à rede de esgoto ou fossa séptica nas áreas urbanas. Dificilmente esses estados atingirão a meta até 2015, prazo para o cumprimento do objetivo estabelecido pela ONU. Dos oito ODMs definidos para diferentes países que se comprometeram com as metas, o Brasil deve chegar a 2015 sem cumprir as metas de saneamento básico e de melhora dos índices de mortalidade materna. O estudo do Ipea revela que, nos estados, não são apenas as metas de esgoto sanitário que deixam de ser cumpridas. Nove unidades da Federação não reduziram pela metade a quantidade de famílias sem acesso a água canalizada, por exemplo. Esse é o desempenho nas áreas urbanas. Na zona rural brasileira, apenas 6,5% da população têm acesso a redes coletoras de esgoto. Conforme a última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16,1% dos brasileiros não têm acesso a água tratada e 27% são desprovidos de coleta de esgoto. Áreas urbanas: ... A análise global dos dados de saneamento básico mostra que o Brasil já cumpriu a meta de acesso a água — reduziu em 52% a quantidade de pessoas sem o serviço. Já a instalação das novas redes coletoras de esgoto ou fossas sépticas provocou uma redução de 42%. Faltam, portanto, oito pontos percentuais, que, segundo especialistas, dificilmente serão alcançados até 2015. A pesquisa do Ipea leva em conta o período entre 1992 e 2008 e refere-se exclusivamente às áreas urbanas....

Casa Branca diz que data de saída de tropas é inegociável

Resenha EB (17 Ago 10) / Folha de São Paulo - Um dia após o comandante dos EUA no Afeganistão, general David Petraeus, indicar que poderá aconselhar um adiamento do prazo de julho de 2011 para início da retirada das tropas no país, a Casa Branca reafirmou que a data é "inegociável". No domingo, Petraeus deixou a porta aberta para rever o prazo dado pelo presidente Barack Obama, dependendo das condições em campo. As entrevistas reverberaram na imprensa como indício de diferenças entre as visões do Executivo e das Forças Armadas quanto ao Afeganistão. O governo tentou minimizar essa impressão ontem, com o porta-voz Bill Burton defendendo a estratégia e insistindo na data de julho próximo. Segundo ele, os comentários de Petraeus sobre o prazo foram apenas parte de uma conversa maior em que o general deixou claro que a estratégia dos EUA no Afeganistão está no rumo certo. Ainda ontem, o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, sugeriu em entrevista que deverá deixar o cargo em 2011.

Pressão por ataque militar ao Irã cresce nos Estados Unidos

Resenha EB (17 Ago 10) / Folha de São Paulo - Impulsionado por conservadores, o debate sobre a suposta inevitabilidade de um ataque militar para frear o programa nuclear do Irã voltou a ganhar corpo nos EUA. Analistas contrários à ação divergem sobre se o objetivo é de fato forçar o governo Obama a adotá-la ou apenas obter ganhos para a oposição na eleição legislativa de novembro, mostrando o presidente como fraco em segurança nacional. Mas temem que a reverberação do tema "naturalize" a opção da guerra, transformando-a num fato consumado. A campanha começou logo depois da aprovação da quarta rodada de sanções ao Irã no Conselho de Segurança da ONU e da votação de sanções unilaterais pelo Congresso americano. Obama vendeu-as como uma alternativa à guerra, embora nunca tenha descartado a "opção militar". Em julho, 47 congressistas apresentaram um projeto que apoia o uso, por Israel, de "todos os meios necessários" contra o Irã, "incluindo a força militar". A lei tem pouca possibilidade de ser aprovada, por enquanto. Mas sustenta-se sobre argumento análogo ao exposto há dez dias na revista ultraconservadora "Weekly Standard" e na semana passada na "Atlantic". Um ataque, dizem os artigos, seria para Israel um ato de autodefesa preventiva, já que a possibilidade de o país persa ter a bomba é considerada "ameaça existencial" ao Estado judaico. (...). Mas diz que há 50% de chances de que os israelenses ataquem em 2011, se concluírem que "Obama não vai, em nenhuma circunstância, atacar o Irã". O texto provocou reações. Flynt Leverett, ex-funcionário da CIA que defende a normalização das relações entre EUA e Irã, escreveu que sua implicação é a de que os EUA devem agir antes do aliado, já que seriam afetados pelas consequências do bombardeio e teriam mais chances de sucesso. "Há um clima palpável para a ação militar. O governo diz que uma bomba no Irã é inaceitável, implicando que a contenção não é uma opção", disse à revista "New Yorker" o ex-congressista Lee Hamilton. A dubiedade da Casa Branca contribui para a incerteza. Os EUA ainda se dizem dispostos a dialogar, mas não responderam à oferta do Irã de voltar a negociar a proposta de troca de urânio endossada por Washington em 2009 e que serviu de base ao acordo mediado por Brasil e Turquia...

Embraer dá sinal verde para novo cargueiro

Resenha EB (17 Ago 10) / O Estado de São Paulo / Roberto Godoy - O maior avião que a Embraer construiu, o transporte de tropas, tanque para reabastecimento em voo e cargueiro de emprego geral KC-390, já tem a primeira decolagem marcada - será em novembro de 2014, pouco depois da cerimônia de roll out. Essa é uma festa tradicional, marca o momento em que um avião, ainda protótipo, deixa a linha de montagem e rola para fora do hangar, iniciando a etapa de avaliação da sua capacidade. O primeiro voo de uma unidade de série será realizado dois anos depois, em 2016. O Comando da Força Aérea é o principal investidor do programa. Em abril de 2009 foi autorizada a dotação total de R$ 3,028 bilhões para o desenvolvimento do projeto e produção dos modelos preliminares, dois deles, com duração de sete anos. Há duas semanas a FAB anunciou a disposição de adquirir um lote inicial de 28 aviões KC-390. Pelo atual valor de mercado dos equipamentos da mesma classe, o negócio é estimado em R$ 3,04 bilhões. "Com isso, o governo deixa claro que o programa é irreversível e afinado com a Estratégia Nacional", considera o ministro da Defesa, Nelson Jobim. O ministro tem planos para envolver a Embraer como receptora de tecnologias de ponta, e não apenas no setor aeronáutico, implícitas no processo de reequipamento das Forças Armadas. O tema foi discutido na semana passada, em São Paulo com Frederico Curado, presidente da empresa, e Orlando Ferreira Neto, vice-presidente para o mercado de Defesa. Segundo Jobim, foi uma discussão conceitual. Mudanças. O KC-390 vai disputar um enorme e rico mercado internacional. De acordo com o presidente Curado, serão ao menos 700 aviões de transporte médio - na faixa pouco acima de 20 toneladas e cerca de 2.700 quilômetros de alcance - contratados até 2020. Ao longo do período, o produto vai sofrendo mudanças. A carga útil, por exemplo, aumentou de 19,5 para 23,6 toneladas, quatro mil quilos a mais em relação à especificação inicial. O teste de volume, utilizando uma maquete industrial do compartimento interno, permitiu acesso de dois tipos de blindados, a carreta padrão do sistema Astros, lançador de foguetes da Avibrás, de 15 toneladas, e um veículo de comando, de 14 toneladas. A configuração eletrônica adota tecnologia Computed Air Release Point, a CARP, que permite o lançamento de cargas com precisão. Os pilotos contarão com visores digitais e sistema de visão noturna a partir de recursos óticos integrados aos capacetes. O KC-390 terá recursos específicos de autodefesa, como despistadores de mísseis e dispositivo de interferência eletrônica. Os próximos meses serão intensos. Ainda não foi decidido o fornecedor dos motores, que devem ter "menos de 30 mil libras e mais de 25 mil libras de empuxo", diz Orlando Ferreira Neto. É uma forma de manter os custos baixos sem perdas no desempenho: o jato deve voar a 850 km/hora, com ganho de rendimento de ao menos 15% em relação aos concorrentes. Ainda assim, não será uma aeronave experimental. Em entrevista durante o Salão de Farnborough, na Inglaterra, Ferreira declarou que "a ideia é empregar o máximo de conhecimento provado - não estamos reinventando a roda aqui". O resultado final, garante, "é oferecer performance e custo em condição de vantagem frente ao mercado". Em missão de reabastecimento aeronaves no ar - inclusive de outros KC-390 - o birreator leva a bordo 37,4 toneladas de combustível, 14 das quais acomodadas em dois tanques extras. No novo desenho de mobilização de forças o deslocamento rápido exige transporte aéreo para qualquer ponto. Prevendo o pouso e decolagem em pistas precárias, o KC-390 pode atuar sobre terreno semipreparado, com buracos de até 40 centímetros de profundidade. Soldados equipados, prontos para entrar em ação, ou os feridos evacuados de áreas devastadas por catástrofes, vão viajar no conforto de uma cabine pressurizada e climatizada da mesma forma que nos aviões comerciais. Gavião Peixoto. A cadência de produção prevê uma aeronave e meia, de série, por mês. As instalações industriais de complexo de São José dos Campos serão expandidas, mas a maior parte dos investimentos será concentrada na planta de Gavião Peixoto, 300 quilômetros distante de São Paulo. Ali vai funcionar a linha final de montagem. O programa do cargueiro vai gerar, até 2016, perto de 1,8 mil novas vagas, 600 delas na Embraer, acredita o Sindicato dos Metalúrgicos. Há uma certa euforia na pequena cidade de 4,2 mil habitantes na região noroeste. A fábrica mantém 2.221 vagas. "O programa KC-390 vai consolidar o segundo polo aeronáutico em Gavião Peixoto", sustenta o economista e consultor João Victor de Freitas, para quem "essa é a saída para o estrangulamento da unidade de São José dos Campos, e uma forma de estimular o surgimento de outro núcleo especializado, estrategicamente distante do primeiro"....

País aceita pena da OEA por morte de sem-terra

Resenha EB (17 Ago 10) / O Estado de São Paulo / Roberto Almeida e Roldão Arruda - O Ministério da Justiça cumpriu ontem parte das determinações da Organização dos Estados Americanos (OEA) e publicou no jornal O Globo e no Diário Oficial do Estado do Paraná a sentença que condenou o Brasil no caso da morte do agricultor Sétimo Garibaldi, assassinado há 11 anos. O País foi considerado culpado na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, com sede na Costa Rica, pela não-responsabilização dos envolvidos no assassinato de Garibaldi. O inquérito se arrastou de 1998 a 2004 e foi arquivado sem apontar culpados. A sentença tomou duas páginas inteiras e um quarto de outra do diário fluminense. A decisão da corte data do dia 23 de setembro de 2009 e foi divulgada em outubro do ano passado, em Curitiba, pelos movimentos sociais Justiça Global, Comissão Pastoral da Terra, Movimento dos Sem-Terra, Terra de Direitos e Rede Nacional dos Advogados Populares. Sétimo Garibaldi foi assassinado durante um confronto no acampamento do MST na Fazenda São Francisco, em Querência do Norte, noroeste do Paraná. Segundo testemunhas, ele foi alvejado por atiradores encapuzados. Um dos tiros atingiu sua perna e ele morreu a caminho do hospital. À época da condenação na OEA, a viúva de Garibaldi, Iracema, afirmou que seu marido ocupou a fazenda "porque queria um pedaço de chão para trabalhar e deixar para os filhos". Sem apontar culpados, a corte da OEA, sob denúncia dos movimentos sociais, entendeu que o País foi omisso em relação à demora nas investigações e às falhas no inquérito. De acordo com a decisão, "as autoridades estatais não atuaram com a devida diligência". O governo brasileiro tinha prazo inicial de seis meses, a partir da sentença, para publicar a íntegra da decisão, mas argumentou que o custo seria maior do que a indenização a ser paga à família, que soma US$ 79 mil. A corte então autorizou a publicação de uma versão sintética. Restam ainda outras determinações da OEA a serem cumpridas. Entre elas está, além do pagamento de indenização à família de Garibaldi, a condução "eficaz e dentro de um prazo razoável do inquérito" e a responsabilização de funcionários públicos que conduziram a investigação. No dia 23 de setembro, o País terá de apresentar um relatório à corte com as medidas adotadas para cumprir a sentença...

O colapso da polícia científica

Resenha EB (17 Ago 10) / O Estado de São Paulo - Enquanto no plano político dirigentes governamentais acenam com a possibilidade de construção do trem-bala e de outros projetos de duvidosa prioridade que exigem investimentos vultosos da União e dos governos estaduais, no cotidiano de algumas áreas da administração pública a situação é de carência de recursos humanos, de infraestrutura adequada e de equipamentos modernos. Isso pode ser visto nas escolas públicas, na rede médico-hospitalar e na área de segurança. Reportagem publicada domingo no Estado mostra que, em matéria de perícia criminal, o quadro é sombrio. Em quase todo o País, a polícia científica não dispõe de maletas com kit de varredura de locais de crime e acidentes. Os peritos carecem de notebook, trena a laser, máquina fotográfica digital e até de material para exame de DNA e exame de balística com microcomparador. Sem esses equipamentos, é quase impossível produzir provas documentais para esclarecimento de homicídios e latrocínios. Muitas vezes, os peritos são obrigados a trabalhar somente com lápis e papel. Em vários Estados, a polícia científica também não conta com laboratórios nem com reagentes químicos para fazer os exames mais elementares com o objetivo de identificar causas de mortes e produzir provas materiais. Faltam ainda cromatógrafos gasosos, luz forense, luminol e laboratório de fonética. Por falta de veículos, há municípios em que os corpos de vítimas de acidentes de trânsito ficam até dez horas à espera de remoção. E as câmaras frias para a conservação de corpos têm mais de 30 anos de funcionamento e vivem quebrando. E, como também não há geladeiras em número suficiente, muitas vezes os corpos têm de ser sepultados às pressas, sem a realização de autópsia - e depois, havendo necessidade de apurar se a morte derivou de crime, acidente e causas naturais, é preciso exumar o corpo. Para atender os 5.560 municípios brasileiros, existem somente 60 Institutos de Criminalística e Institutos de Medicina Legal. Segundo os especialistas, seriam necessárias, no mínimo, mais 300 unidades. A média considerada adequada é de um instituto para cada 15 cidades. Para atuar nas 32 especialidades de perícia criminal adotadas pelo Brasil, conforme a legislação penal, existem cerca de 12 mil peritos. Como pelas recomendações dos organismos internacionais a média adequada é de 1 perito para cada 5 mil habitantes, o País tem uma carência de 26 mil peritos. Os serviços mais precários estão no Norte e Nordeste e os mais eficientes, no Sul e Sudeste. E as deficiências mais graves estão nos Estados de Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão e Roraima, nos quais a maioria dos equipamentos para a realização de perícias e exames científicos está faltando. Na falta de câmaras frigoríficas, por exemplo, os IMLs do Maranhão utilizam geladeiras comuns para guardar corpos. Em vez de luz forense multiespectral, a polícia científica sergipana utiliza nas análises uma precária luz ultravioleta - e ela está queimada. Em Pernambuco, o Instituto de Criminalística não está preparado para fazer exame de DNA e as poucas maletas de perícia não dispõem de notebook digital. Já o Rio Grande do Norte conta com laboratório de DNA, mas não tem funcionários para operá-lo. Em Roraima, como faltam equipamentos laboratoriais e reagentes químicos, determinadas perícias somente são concluídas se houver empréstimo de material pela iniciativa privada. Embora não disponha de laboratório de DNA, câmaras frias no IML, cromatógrafos e luz forense, o Piauí conta com um microcomparador balístico, que compartilha com o Maranhão e o Ceará. A consequência inevitável do sucateamento da polícia científica no País é o baixo índice de esclarecimento de homicídios. A média nacional é de 25 crimes esclarecidos a cada 100. Mas nos Estados onde a perícia criminal praticamente inexiste, o índice cai para 2,8%...

Aumenta chance de Dilma vencer no 1º turno, diz Ibope

Resenha EB (17 Ago 10) / O Estado de São Paulo - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, entra no horário eleitoral pela TV com 11 pontos de vantagem sobre o tucano José Serra. Com 43% das intenções de voto, ela poderia vencer no primeiro turno se a eleição fosse realizada hoje, segundo pesquisa do Ibope encomendada pelo Estado e pela TV Globo. Serra tem 32%, e Marina Silva (PV), 8%. Juntos, outros candidatos chegam a 1%. Ou seja, a petista (43%) e os adversários somados (41%) estão empatados dentro da margem de erro, de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. A pesquisa, concluída às vésperas do início do horário eleitoral, é a primeira a captar os efeitos das entrevistas do Jornal Nacional com os candidatos, entre 9 e 11 de agosto. No dia 5, data do levantamento anterior do Ibope, a petista tinha 39%, e o tucano, 34%. Dilma deve a liderança ao eleitorado mais pobre. Entre os que têm renda familiar de até um salário mínimo, a vantagem sobre Serra chega a 22 pontos (48% a 26%). Na divisão por regiões, Serra só se mantem à frente no Sul (44% a 35%). A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, abriu 11 pontos de vantagem sobre o tucano José Serra. Com 43% das intenções de voto, ela poderia vencer no primeiro turno se eleição fosse realizada hoje, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. Serra tem 32% e Marina Silva (PV), 8%. Juntos, outros candidatos chegam a 1%. Ou seja, a petista (43%) e os adversários somados (41%) estão empatados dentro da margem de erro. Levando-se em conta apenas os votos válidos (sem contar os brancos, nulos e indecisos), Dilma tem 51% das preferências, enquanto Serra tem 38%. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter pelo menos 50% dos votos válidos mais um...

Horário eleitoral gratuito começa hoje

Resenha EB (17 Ago 10) / JB - Hoje começa a ser exibida a propaganda eleitoral gratuita. De segunda a sábado serão transmitidos dois blocos de 50 minutos cada. Outros 30 minutos por dia serão dedicados a veiculação de propaganda dos candidatos inclusive aos domingos distribuídas em inserções de até 60 segundos, entre às 8h e 24h. A propaganda paga de candidatos em rádio e televisão é proibida. No rádio, as transmissões serão às 7h e às 12h. Na TV, às 13h e às 20h30. Terças, quintas e sábados serão dedicas às propostas dos candidatos à Presidência e à Câmara Federal. Nas segundas, quartas e sextas será a vez dos candidatos a governador. Com 18 minutos divididos entre eles. Os que concorrem a vagas de deputado estadual ou distrital e senador terão 17 minutos divididos proporcionalmente. Nestas eleições, o número de candidatos em todo o país passa de 20 mil. De acordo com o sorteio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o primeiro a apresentar propostas durante a propaganda eleitoral gratuita será José Serra, do PSDB. Depois dele vem Plínio de Arruda Sampaio (PSol), Rui Costa Pimenta (PCO), José Maria de Almeida (PSTU), Dilma Rousseff (PT), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Marina Silva (PV) e Ivan Pinheiro (PCB). Nos programas seguintes haverá rodízio entre os candidatos....

Dilma agora promete remédio de graça

Resenha EB (17 Ago 10) / O Globo / Gerson Camarotti e Roberto Maltchik - A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, anunciou que seu programa de governo incluirá distribuição gratuita de remédios para hipertensão e diabetes. A promessa foi feita ontem, após reunião com a coordenação de campanha sobre o programa de governo. O plano, de 13 pontos, está sendo anunciado a conta-gotas e será mostrado no horário eleitoral. Segundo Dilma, a universalização do tratamento da hipertensão e da diabetes fará parte de sua política de medicamentos. A candidata informou que atualmente o governo subsidia 90% desses medicamentos, um gasto anual de R$ 400 milhões. Segundo ela, a intenção é complementar os 10% restantes e dar a medicação aos pacientes. A ex-ministra lembra que pretende usar o programa Aqui Tem Farmácia Popular, que atua em parceria com mais de 12 mil farmácias da rede privada, para distribuir a medicação. Segundo ela, o medicamento será entregue a custo zero. Dilma ressaltou que a universalização “diminui a pressão e também o custo”: — Estamos nos propondo a universalizar o tratamento para essas duas doenças que mais incidem na população: hipertensão e diabetes. A petista evitou responder diretamente sobre a necessidade de recriação da CPMF para financiar a saúde e esse aumento de gastos com medicamentos...

Ibope: Dilma sobe mais e hoje venceria no primeiro turno

Resenha EB (17 Ago 10) / O Globo - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, ampliou de cinco para 11 pontos a vantagem sobre seu principal adversário, o ex-governador José Serra (PSDB), segundo pesquisa Ibope divulgada ontem no “Jornal Nacional”. Dilma está com 43% das intenções de voto, contra 32% de Serra. Marina Silva (PV) permanece em terceiro lugar, com 8%. Os votos em branco e nulos somam 7% e os eleitores indecisos, 9%. A pesquisa foi encomendada pela Rede Globo e pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Segundo o Ibope, se a eleição fosse hoje, Dilma poderia vencer no primeiro turno. Considerandose só os votos válidos (excluindo-se os votos em branco e nulos e os eleitores indecisos), ela tem hoje 51%, contra 38% de Serra e 10% de Marina. Nesse cenário, os demais candidatos têm, juntos, 1%. No cenário de 2oturno, Dilma vence por 48% a 37% O secretário geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo (SP), comemorou: — Os que achavam que ela iria derrapar nos debates e fraquejar em entrevistas estão tendo agora que engolir a realidade: ela é uma excelente candidata e apta a ser a primeira mulher presidente do Brasil. Ao Blog do Noblat, o coordenador do programa de governo de Dilma, Marco Aurélio Garcia, foi irônico sobre o desempenho de Serra: — Se ele insistir nessa tecla de não ter um discurso definido, essa é uma tecla de delete. Ele vai se deletar. Ele tem de definir quem ele é. Num eventual segundo turno, Dilma venceria Serra também por 11 pontos (48% a 37%). Na sondagem anterior, a vantagem era de 5 pontos (44% a 39%)....